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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cores e essências a serviço da beleza

Publicada em 27/10/2006 às 10h33m Marcella Sobral - O Globo Online Foto: Letícia Pontual/Arquivo
RIO - Mulheres, geralmente, não estão satisfeitas com o próprio cabelo e usam os salões de beleza como laboratórios onde, nem sempre, a química funciona. Com os fios em frangalhos, elas procuram tratamentos menos agressivos, mais alternativos. Agora é a vez da cromoterapia e da aromaterapia serem usadas em prol da beleza.

Originalmente, a cromoterapia faz uso terapêutico das cores . No tratamento capilar, não é diferente. São usadas lanternas com lâminas coloridas, que têm contato direto com os fios e com o couro cabeludo.

De acordo com os profissionais que usam a técnica, a aplicação das cores melhora problemas como oleosidade excessiva, caspa, dificuldade de crescimento do fio e ressecamento. Podem ser aplicadas até quatro cores de uma vez. As mais utilizadas são o amarelo, o rosa, o violeta e o verde.

Para saber quais serão as cores usadas, é feita uma análise dos fios numa máquina que amplia a imagem em até 250 vezes. Quando há combinação de cores, o tempo médio que a lâmina fica em contato com o cabelo é de três minutos. Quando apenas uma cor é utilizada, o tempo é maior, de até 10 minutos.

Os resultados não são imediatos e pode ser que sejam notados apenas na quinta semana.

- Mas depende muito do caso. Até porque, alguns deles podem ter fundo emocional - explica Neide Pereira, do Fashion Clinic, que usa, ainda, xampu e condicionador correspondentes às cores utilizadas, além de um composto de proteína para reconstruir a estrutura dos fios.

A cabeleireira Denise Machado, do Visage Coiffeur, usa a cromoterapia como complemento de outro tratamento: a algoterapia, que é feita a base de algas marinhas.

- A ação da luz provoca reações no cabelo que são importantes para enriquecer o tratamento. A luz verde, por exemplo, equilibra qualquer disfunção do couro cabeludo, além de acalmar. Quando o problema é a reposição de líquidos, a luz amarela é indicada para combater o ressecamento da superfície.

Segundo o biomédico Wagner Gabriel, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Complementar, ainda não há nenhum estudo específico sobre a ação da cromoterapia no cabelo, mas reconhece que há uma reação esperada. Apesar de não saber como, ele acredita que a terapia complementar surta efeitos.

- Existem estudos com células semelhantes as do bulbo capilar, então há uma reação esperada. Como não há um estudo específico, ainda não se sabe como isso acontece. Mas, se a cromoterapia funciona em órgãos como o fígado, por exemplo, no cabelo a ação é maior, pois a exposição à luz é maior – diz.

Os princípios de outra terapia complementar deixaram os consultórios dos terapeutas rumo ao salão. Originalmente, a aromaterapia usa aromas para incentivar os nervos olfativos para alcançar os resultados esperados . No tratamento de beleza, a técnica funciona de forma um pouco de diferente.

As essências são fixadas no couro cabeludo e ajudam a combater os problemas específicos do cliente. Ao mesmo tempo, o cabelo recebe o vapor de ozônio, produzido por uma máquina especial.

- A essência relaxa e o vapor de ozônio facilita a penetração de produtos no fio. O ozônio ajuda na ação do princípio ativo do produto, selando as cutículas, devolvendo a umidade e deixando o cabelo bem mais macio e brilhante - diz Neide.

Apesar de não ser especialista em cabelos, Gabriel prefere não questionar se o tratamento funciona ou não.

- Só não pode ser chamado de aromaterapia. Para ser aromaterapia é preciso usar essências para que os nervos olfativos reajam. O aroma vai ser percebido e a informação será enviada para o seu cérebro. Isso tem, necessariamente, que ser resultado do efeito inalador.

Gabriel, que trabalha com medicina complementar há 16 anos, não condena o uso destas terapias para fins estéticos em salões de beleza, desde que feitas com especialistas.

- Tratamentos como esses podem ser feitos no salão, desde que a esteticista tenha feito um curso, tenha alguma especialização. Mais importante do que o lugar em que o tratamento é feito, é que o profissional tenha uma visão holística de cada caso.

Este cuidado é importante, porque, segundo ele, a cromoterapia quando não é bem usada pode fazer mal.

- Os efeitos da luz têm diferentes ações nas células. Dependendo do tecido, a luz azul pode inibir ou estimular a célula. Então é perigoso que o tratamento seja feito por uma pessoa desabilitada, principalmente na cabeça, já que os focos coloridos serão irradiados para dentro do cérebro.

Já a aromaterapia é menos comprometedora. Ainda assim, é importante que o profissional saiba bem o que está fazendo.

- A diferença de a aromaterapia ser aplicada por um profissional consciente é que ele vai saber exatamente para que serve cada essência. Às vezes as pessoas gostam de algumas essências porque despertam determinadas sensações. Mas, elas não sabem exatamente o motivo. Um especialista vai avaliar o paciente, avaliar o problema e, depois, vai recomendar os aromas indicados para cada caso.

Gabriel garante que, isoladas, nem a aromaterapia, nem a cromoterapia funcionam.

- O importante é ressaltar que estas são terapias complementares, que sozinhas não surtem efeito. A terapia pode ajudar a equilibrar o indivíduo como um todo, mas há elementos genéticos que devem ser levados em consideração.

Por mais que não exista nenhuma prova de que as terapias tenham o efeito anunciado, o tratamento não é em vão.
- As minhas clientes saem do salão completamente relaxadas. O tratamento vai muito além do cabelo, deixa as pessoas relaxadas – garante Neide.

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