Pesquisa foi realizada por microbióloga de Faculdade Estadual de Medicina.
20% das amostras recolhidas em salões apresentavam contaminação.
Comente agora
Uma pesquisa inédita feita em São José do Rio Preto (SP) chamou atenção de médicos de todo o mundo em um congresso internacional realizado em Berlim, na Alemanha. Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram provar que a química presente nos esmaltes não é capaz de matar fungos que transmitem doenças para as unhas. A pesquisa será publicada em breve em revistas científicas internacionais.
A pesquisa que durou três anos analisou esmaltes de vinte marcas diferentes. O resultado surpreendeu: 20% das amostras recolhidas em salões de beleza apresentavam contaminação por fungos, os causadores das micoses nas unhas.
"Os produtos que estão dentro dos esmaltes podem ter ação inibitória sobre bactérias, fungos, vírus e conseguimos provar com esta pesquisa que os fungos sobrevivem mesmo com tantos componentes químicos. Até então, imaginava-se que qualquer célula bacteriana, fúngica ou viral pudesse morrer com toda essa química. Nós testamos os fungos e provamos que eles continuam vivos" , conta a doutora em microbiologia Margarete Gottardo, uma das responsáveis pela pesquisa.
Em uma segunda etapa, a pesquisadora da Famerp, a Faculdade Estadual de Medicina de Rio Preto, colocou fungos nos esmaltes e comprovou que eles sobrevivem por até oito horas no vidrinho. Durante este período o esmalte se torna um agente transmissor de doenças nas unhas das mãos e dos pés. “Quando o esmalte é novo a sobrevivência é menor, mas quando o esmalte já é mais aberto, mais tempo, o risco de permanência dos fungos no esmalte é fato", explica Margarete.
saiba mais
A pesquisa comprovou também que os tons mais escuros, como os vermelhos, estão mais sujeitos a contaminação do que os claros. Conclusão: o kit salão, que normalmente é composto de inclui alicate e materiais descartáveis para evitar a transmissão de doenças como a hepatite C deve ser reforçado com esmalte e óleo secante, tudo para ficar